TEKOHA ”VERÁ TUPÃ’I”



Árami ore kuery rojerure Nhanderu ete py ome’~e aguã yvy ore kuera py.
Haéramo jaikuaa vei yvy marae’y rupi jaguata porã, javyapa porã vei. Kurive
Ma Nhanderú oexá ukã nhande py já’a terei , oendu uká nde ayvy nhanderete py jaendu
Jaikua’a hetá ojemonguetá katu vei pexá , jaa dyvy tape rupi gua nhaeno~i nde rery rupi.
Kova’e gui tekoha oguereko ma , aegui hery Verá Tupãi. Juruá kuery ma oeno~i “Caminho do Peabiru” nhande ayvy py rami Yvy marae’y, ae gui nhande py ete roikó ve vae.

TERRA INDÍGENA “VERÁ TUPÃ’I”



Lutamos para conseguir conservar nossa cultura, nossa crença no caminho que nos leva a yvy marã’ey a Terra Sem Mal pelo Caminho Sagrado do Peabiru. Lutamos por um pedaço de terra, nosso, para manter nosso modo de ser Guarani. Agora estamos na Terra Indígena “Verá Tupã’i”, que fica à margem do caminho do Peabiru, aqui estamos construindo nosso Nhandereko.

QUEM SOMOS



Início do ano de 2011. No Barreiro das Frutas, região de Campo Mouráo-Pr, um grupo de Guarani organiza a Associação Indígena Arandu Aty-ARA e, por meio dela, faz-se a aquisição de um terreno de dois alqueires para que ali se viva o NHANDEREKÓ.
NHANDEREKÓ é o modo de ser e viver Guarani; de práticas culturais na tradição milenar do povo Guarani, sem conflito armado com a sociedade envolvente. Os recursos financeiros provieram de projetos culturais desenvolvidos junto à PETROBRÁS e à própria Associação.
Em homenagem ao líder indígena Guarani mato-grossense Marçal Tupã’i, assassinado por defender seu povo, deram ao local o nome de Terra Indígena ou Tekohá “Verá Tupã’Í”.
Liderados pelo Cacique Mbey Mbey Tupã, ali vivem famílias que se agrupam por tempo indeterminado ou até mesmo por definitivo, se assim o desejarem e decidirem, livres da insegurança de ter que abandonar sua terra, de ver seus filhos ameaçados pela violência externa, principalmente de não índios que delas apropriam ao longo dos séculos, sem a presença esperada de um Estado garantidor de seus direitos.
Escolheram esse local por estar ele às margens do Tapé Aviru- conhecido pelos não índios como Caminho de Peabiru, o Caminho sagrado que leva à Terra Sem Mal.
O Nhanderekó gravita em torno dessa milenar crença, cada dia mais fortalecida, ressignificada, do YvY Marãe’i, que é a Terra Sem Mal, e do caminho sagrado do Tapé Aviru, o Caminho de Peabiru.
O tekohá se estrutura em torno da OPY- a Casa de Reza- onde se aprende, no coletivo, a vivenciar a crença do Yvy Marãe’i e a desenvolver seus costumes, seus valores, sua tradição, seus rituais sagrados, seu trabalho e o cotidiano da vida Guarani.
Vamos caminhar com as famílias estabelecidas no Tekoha “Verá Tupã’i”, lideradas pelo Cacique Mbei Mbei Tupã, para aprender um pouco dessa experiência. Ele e a Professora Jaxy Rendy, conduzem-nos para o conhecimento de alguns aspectos das crenças e da cultura Guarani.